terça-feira, 14 de junho de 2011

Desmembrar ou não o estado do Pará?






A repartição do território brasileiro é alvo de antigas discussões. Parece não haver um consenso entre os debatedores do assunto.
O caso mais recente é o provável desmembramento do estado do Pará, onde seriam criados mais dois estados: Carajás e Tapajós. O Congresso Nacional já aprovou a criação de um plebiscito (consulta popular) para saber a opinião da população sobre o caso.
Antes mesmo do plebiscito, há intensas discussões entre os que defendem e os que criticam a divisão deste estado.
Os defensores argumentam que o estado do Pará é muito grande, e que por isso, é difícil de ser administrado. Sua divisão, portanto, facilitaria o manuseio das verbas públicas e sua melhor utilização.
Já os que criticam, afirmam que haveria um aumento de gastos com os parlamentares, pois haveria a necessidade de criar mais cargos políticos, acarretando num inchaço da máquina pública.
Analisando a situação, é possível fazer uma analogia com as privatizações, principalmente da mineradora - VALE. O governo federal privatizou parte da empresa argumentando que a mesma dava prejuízo. Porém, nos últimos anos, a VALE registrou grandes lucros. Portanto, os que defendem o desmembramento do estado do Pará sustentam a questão da melhoria na administração, como ocorreu com a Vale.
Mas, cabe a pergunta: “Será que uma empresa precisa ser privatizada para dar lucro?”. Continuando a analogia: “Será que um estado tem de ser desmembrado para ser bem administrado?”.

Décio Couto Caixeta
Geógrafo e Professor de Geografia.