domingo, 18 de novembro de 2012

Obama reeleito: o que isso significa para o Brasil?

                         
                      Fonte: http://www.google.com.br/imgres?iact=rc&&start=18&&ty=114
O Brasil e os EUA são parceiros comerciais e aliados geopolíticos. Os estadunidenses tiveram um importante papel sobre a decisão brasileira de lutar na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados. Em contrapartida, os estadunidenses financiaram boa parte da construção da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) em Volta Redonda – RJ.

No primeiro mandato de Barack Obama, EUA e Brasil fecharam uma série de acordos comerciais. Entre elas estão:

• A celebração do acordo de diálogo e cooperação em defesa, visando a transferência de tecnologia bélica.

• Os EUA defendem a patente do nome “Cachaça” para o Brasil. A proteção dos EUA para a denominação do produto exclusivamente brasileiro deu novo prestígio à mais tradicional bebida mineira. Agora, da mesma forma como o champanhe só pode ter esse nome se vier da região francesa de Champagne, a cachaça, para ser assim chamada, apenas se for “Made in Brazil”.

• Foram firmados Memorandos de Entendimento nas áreas de aviação civil, construção, energia, segurança alimentar, agronegócio, além de acordos de cooperação com 14 universidades dos Estados Unidos.

• Também foram firmados entre os dois governos um projeto de construção de moradias sustentáveis no Brasil utilizando tecnologia americana, o desenvolvimento de biocombustíveis além do que já havia sido anunciado pela Boeing no final de março e uma colaboração mais ampla entre empresas para o desenvolvimento de energias renováveis.

Mas, nem tudo foram flores na relação entre os dois países. A luta brasileira pela diminuição do protecionismo e do subsídio agrícola culminou com uma representação brasileira na OMC (Organização Mundial do Comércio) contra os elevados subsídios agrícolas promovidos pelo governo estadunidense perante seus produtores de algodão. A OMC deu ganho de causa ao Brasil, e o país poderia retaliar os EUA. O Brasil ameaçou aumentar as taxas alfandegárias aos produtos vindos dos EUA, mas o governo estadunidense se comprometeu a dialogar sobre o assunto, fazendo com que o governo brasileiro voltasse atrás.

Para o segundo mandato do presidente Barack Obama a queda do protecionismo estadunidense perante os produtos brasileiros e dos subsídios agrícolas aos produtores dos EUA continuarão sendo os principais pontos de discussão comercial entre os dois países.

Décio Couto Caixeta
Géografo e Professor de Geografia

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Governo tenta reduzir custo Brasil


O empreendedor no Brasil enfrenta diversas dificuldades para investir. Entre os principais problemas enfrentados estão: alta carga tributária, legislação trabalhista inflexível, infraestrutura e logística ineficientes. Todas estas questões elevam o custo Brasil.
Em um cenário mundial de crise econômica e da grande dependência brasileira na exportação de commodities há uma necessidade em promover uma desoneração do processo produtivo. O governo brasileiro vem adotando algumas medidas para tentar incentivar o consumo e a produção. Entre elas estão: redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e de outros impostos; aumento do crédito; e juros reduzidos. Estas medidas têm o objetivo de fazer a economia crescer, gerar empregos e aumentar o superávit da balança comercial.
Estas medidas são imediatistas e paliativas, não resolvem o problema de fato. Porém, é um desafogo momentâneo para os empresários e consumidores no país.
O Brasil necessita de atitudes concretas e eficazes, principalmente no que tange aos custos da produção, infraestrutura e logística. Neste cenário, a melhoria nos sistemas de transportes ganha um caráter de urgência, já que é um aspecto essencial para economia de qualquer país.

Décio Couto Caixeta
Geógrafo e professor de Geografia e Empreendedorismo.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Será o fim do euro?


Fonte: http://mundoeuro.blogstpot.com/, acessado em 06/07/2012

A Europa atravessa uma grave crise econômica. São vários os fatores que explicam este cenário de grande instabilidade. Entre eles estão: população envelhecida; território e recursos naturais limitados; e altos níveis de urbanização e industrialização.
A crise imobiliária nos EUA, em 2008, desmascarou a fragilidade econômica em grande parte dos países europeus.
A crise econômica na Europa se intensificou nos últimos meses. A maioria dos países europeus, e da União europeia, estão endividados.
A adoção de uma moeda única na União europeia – o euro – culminou em um quadro de enfraquecimento econômico da região, já que vários países baseiam suas produções nas exportações, e volta e meia, precisam desvalorizar suas moedas para aumentar as vendas, e isso não pode ocorrer com uma moeda única para o bloco.
Os países que mais sofrem com a grande valorização do euro são: Grécia, Portugal, Espanha e Itália.
A heterogeneidade dos países integrantes da União europeia dificulta a integração do bloco, já que os países da Europa Ocidental apresentam, em média, índices socioeconômicos bem superiores aos países do Leste Europeu.
Diante da imensa dificuldade atual vivenciada pelos europeus, cabe perguntar: Será o fim do euro?
A resposta para esta pergunta é extremamente difícil, pois o fim ou a continuidade do euro depende de vários fatores, como: decisões governamentais; volatilidade do mercado; especulação financeira; entre outros.


Décio Couto Caixeta
Geógrafo, Professor de Geografia e Empreendedorismo.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Afinal, qual o melhor câmbio para a economia brasileira?


files.wordpress.com


A economia brasileira apresenta uma estreita ligação com a cotação do dólar. Uma parte do mercado se alegra e outra se preocupa sempre que há uma forte oscilação no valor desta moeda estrangeira.
Nos últimos meses o governo brasileiro adotou uma série de medidas (como o aumento das taxas para a entrada de dólares no Brasil) para desvalorizar o real, já que o dólar desvalorizado prejudica as exportações brasileiras, pois tornam os produtos brasileiros mais caros no cenário internacional.
Porém, ninguém imaginava que a valorização da moeda norte americana seria tão grande e repentina.
Os exportadores estão adorando esta situação, pois suas mercadorias ficam mais baratas para os compradores internacionais, culminando em um aumento das vendas. Mas, quem precisa importar insumos e equipamentos do exterior passa a pagar mais caro.
As pessoas que irão viajar para o exterior, também estão preocupadas.
Para tentar diminuir a rápida valorização do dólar no mercado, o governo brasileiro, através do Banco Central, pode vender dólares. Com esta atitude, o governo espera aumentar a oferta de dólares no mercado e baixar sua cotação.
Na verdade, o governo (por mais que defenda o câmbio flutuante) tenta estabilizar o valor do dólar entre R$ 1,80 e R$ 1,90, sendo uma boa cotação tanto para exportadores como para importadores.

Décio Couto Caixeta
Geógrafo e Professor de Geografia


quarta-feira, 25 de abril de 2012

Rio + 20


                                                                       Fonte: rio+20.png

A humanidade só começou a se preocupar com as questões ambientais a partir da segunda metade do século XX, mais precisamente no ano de 1972, através da Conferência de Estocolmo. Antes disso, grande parte da população acreditava que era possível retirar e explorar os recursos naturais sem nenhum tipo de preocupação, pois a Terra rapidamente se recuperaria.

A ciência mostrou que este pensamento humano estava completamente equivocado. Desde então, várias reuniões foram arquitetadas com o intuito de promover soluções ambientais plausíveis.

A ECO 92, no Rio de Janeiro, foi um marco para as discussões inerentes à sustentabilidade. Nesta reunião houve uma participação expressiva de chefes de Estado, onde dois importantes documentos foram elaborados: a Carta da Terra e a Agenda 21. O primeiro tinha a meta de construir uma sociedade global justa, sustentável e pacífica. O segundo foi um documento que estabeleceu a importância de cada país a se comprometer a refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual as instituições e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas sócio-ambientais. Neste cenário surge a expressão: desenvolvimento sustentável , sendo uma alternativa que visa unir o crescimento econômico com a preservação da natureza, oferecendo condições necessárias para a sobrevivência de gerações futuras.

O grande problema da sustentabilidade é conseguir colocá-la em prática em um mundo tão consumista e dependente dos recursos naturais. Por estes motivos os objetivos especificados na Carta da Terra e na Agenda 21 não foram alcançados.

A Conferência Rio + 20 (que acontecerá em junho na cidade do Rio de Janeiro) tem o objetivo de resgatar as metas propostas pela ECO 92 e tentar achar alternativas coerentes para concretizá-las. Além de assuntos relacionados ao meio ambiente, serão abordados assuntos referentes às questões sociais, como as imensas disparidades existentes entre os países e classes sociais.



Décio Couto Caixeta

Geógrafo e Professor de Geografia

domingo, 11 de março de 2012

Massacre na Síria




Todos os dias acompanhamos as dezenas de mortes na Síria. Grupos de oposição ao ditador Bashar al-Assad clamam por democracia. As forças do governo sufocam, sangrentamente, qualquer tipo de manifestação contra o Estado.
A Liga Árabe já esteve no país com o objetivo de amenizar os embates e promover o diálogo entre as partes. Porém, os conflitos não cessam, pelo contrário, o número de mortes não para de crescer.
A ONU (Organização das Nações Unidas) e os líderes da OTAN (Aliança Militar do Ocidente) buscam uma solução pacífica para o conflito. Mas o ditador sírio não aceita negociar com os manifestantes, e ordena que suas tropas dizimem os opositores, não se resumindo apenas a homens e adultos, mas também, a mulheres, idosos e crianças.
A OTAN reluta em invadir o país. Além de várias investidas recentes, como na Líbia, os principais países que compõem esta organização estão em grave crise econômica.
Parece que a pacificação deste conflito ainda é longínqua. A democracia não se instaura do dia para a noite, e nem ditadores que possuem razoáveis exércitos são facilmente depostos do poder.

Décio Couto Caixeta
Geógrafo e Professor de Geografia