sábado, 24 de agosto de 2013

O Oriente Médio em chamas

Fonte: http://ow.ly/oeooT

A religião islâmica possui várias vertentes, tais como fundamentalistas (onde a religião tem um grande peso sobre as decisões do Estado) e os não fundamentalistas. Mas a principal divisão dentro da religião se encontra em relação aos Xiitas e Sunitas. 

Xiitas e Sunitas são duas correntes da religião islâmica, se diferenciam em relação ao profeta Maomé e sua descendência. Os Sunitas consideram os sucessores diretos do profeta Muhammad Maomé, já os Xiitas não concordam, para eles o sucessor deveria ser Ali, genro do profeta. 
Os Sunitas correspondem a 85% de todos os adeptos da região islâmica do mundo, com uma grande maioria em países como Arábia Saudita, Egito e Indonésia, no entanto, os Xiitas predominam em países como Irã e Iraque. 
Os xiitas, que por muito tempo foram oprimidos pelo regime secular dominado pelos sunitas de Saddam Hussein, agora estão no poder no Iraque. Eles controlam as forças de segurança e o Exército.
Há não muito tempo, a comunidade sunita se voltou contra a Al-Qaeda. Hoje, o grupo extremista tem margem para explorar sentimentos de mágoa. No auge da violência sectária no Iraque, muitas áreas sunitas viraram território proibido para xiitas, e vice-versa.
O conflito é alimentado com o dinheiro do petróleo. O Irã patrocina grupos terroristas xiitas, como o libanês Hezbollah. A monarquia saudita fomenta uma versão extremista sunita, o wahhabismo, ensinado em escolas e mesquitas ao redor do mundo.
O Iraque virou palco para o embate entre os polos muçulmanos. Desde a retirada das tropas americanas do país, em dezembro de 2011, a violência sectária explodiu com atentados quase diários. A maioria xiita deseja vingar as atrocidades do ditador Saddam Hussein, um sunita. Além disso, boa parte dos iraquianos acredita que o atual governo do país tem estreita relação com os EUA, fato que fortalece o conflito. Durante a permanência das tropas estadunidenses no Iraque os atentados também eram constantes. Boa parte da população iraquiana não aceitava a invasão dos EUA ao país, e os ataques eram uma forma de pressionar o governo dos EUA a retirarem suas tropas do Iraque.
O Irã apoia as milícias xiitas. Os sauditas e a Al Qaeda atuam no campo rival. A dinâmica se repete pelo Oriente Médio. No Barein, por exemplo, a maioria xiita se rebela contra rei Hamad, que é sunita. Na Síria, principal aliada do Irã, a Primavera Árabe motivou uma rebelião contra o regime alauíta, da minoria xiita, comandado pelo ditador Bashar al-assad.

Pelo histórico de guerra e pelo atual contexto geopolítico no Oriente Médio um convívio pacífico entre as diversas correntes ideológicas e religiosas parece ser uma grande utopia. 

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