Fonte: http://ow.ly/oeooT
Xiitas e Sunitas são duas correntes da religião
islâmica, se diferenciam em relação ao profeta Maomé e sua descendência. Os
Sunitas consideram os sucessores diretos do profeta Muhammad Maomé, já os
Xiitas não concordam, para eles o sucessor deveria ser Ali, genro do profeta.
Os Sunitas correspondem a 85% de todos os adeptos da
região islâmica do mundo, com uma grande maioria em países como Arábia Saudita,
Egito e Indonésia, no entanto, os Xiitas predominam em países como Irã e
Iraque.
Os
xiitas, que por muito tempo foram oprimidos pelo regime secular dominado pelos
sunitas de Saddam Hussein, agora estão no poder no Iraque. Eles controlam as
forças de segurança e o Exército.
Há
não muito tempo, a comunidade sunita se voltou contra a Al-Qaeda. Hoje, o grupo
extremista tem margem para explorar sentimentos de mágoa. No auge da violência
sectária no Iraque, muitas áreas sunitas viraram território proibido para
xiitas, e vice-versa.
O conflito é alimentado com o dinheiro do petróleo. O Irã
patrocina grupos terroristas xiitas, como o libanês Hezbollah. A monarquia
saudita fomenta uma versão extremista sunita, o wahhabismo, ensinado em escolas
e mesquitas ao redor do mundo.
O Iraque virou palco para o embate entre os polos muçulmanos.
Desde a retirada das tropas americanas do país, em dezembro de 2011, a
violência sectária explodiu com atentados quase diários. A maioria xiita deseja
vingar as atrocidades do ditador Saddam Hussein, um sunita. Além disso, boa
parte dos iraquianos acredita que o atual governo do país tem estreita relação
com os EUA, fato que fortalece o conflito. Durante a permanência das tropas
estadunidenses no Iraque os atentados também eram constantes. Boa parte da
população iraquiana não aceitava a invasão dos EUA ao país, e os ataques eram
uma forma de pressionar o governo dos EUA a retirarem suas tropas do Iraque.
O Irã apoia as milícias xiitas. Os sauditas e a Al Qaeda
atuam no campo rival. A dinâmica se repete pelo Oriente Médio. No Barein, por
exemplo, a maioria xiita se rebela contra rei Hamad, que é sunita. Na Síria,
principal aliada do Irã, a Primavera Árabe motivou uma rebelião contra o regime
alauíta, da minoria xiita, comandado pelo ditador Bashar al-assad.
Pelo histórico de guerra e pelo atual contexto geopolítico no
Oriente Médio um convívio pacífico entre as diversas correntes ideológicas e
religiosas parece ser uma grande utopia.
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